Informações do Post - - Enium Criação de Sites - - 19 de maio de 2015 | - 9:44 - - Home » - - Sem Comentários

RIO: Beltrame alerta que polícia não pode ser babá de menores e moradores de rua

Beltrame

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RIO — O secretário de Segurança José Mariano Beltrame afirmou que o problema dos mendigos que se concentram no Aterro do Flamengo é social e jurídico. De acordo com ele, a sociedade precisa cobrar ações de outras instituições para que a polícia não se transforme em babá de menores de idade e moradores de rua. A declaração foi dada durante a 11ª premiação do Sitema de Metas da polícia, no Teatro João Caetano, na manhã desta terça-feira.

— Se as pessoas podem ficar nas ruas, se a lei diz que usar faca não é crime, se a lei diz que fazer o que eles fazem não é crime, então as pessoas precisam entender que a lei é assim. Então, que não culpem única e exclusivamente a polícia. Existe uma série de outras instituições que também têm que atuar nisso. Por que aquelas pessoas estão ali? O que aconteceu para eles estarem ali? Isso deve ser perguntado e é preciso ver quem é o responsável por isso. Se não, a polícia vai virar babá de menores de idade, e de moradores de rua. Fazendo verdadeiros “tours” com essas pessoas pela cidade. Saindo dos seus pontos de policiamento para levar nas instituições e desabrigando o policiamento, que em certas áreas já não há.

Ainda segundo o secretário, a lei não permite prender pessoas por morar na rua ou portar facas.

— A sociedade precisa entender que morar na rua não é problema, que ter faca não é problema. Mas a polícia não pode ficar 24 horas por dia olhando para uma pessoa para ver o que ela vai fazer com uma faca. Se isto é assim é um problema da legislação. A prova é que dos 38 recolhidos no Aterro do Flamengo, só um ficou preso.

De acordo com Beltrame, além do legislativo, a sociedade precisa cobrar ações do poder judiciário, do Ministério Público, e de secretarias de assistência social e habitação.

— São problemas históricos e culturais que não só o Rio tem, mas o país inteiro tem.

FONTE – O GLOBO

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