Em discurso nesta sexta-feira (6), o senador Paulo Paim (PT-RS) celebrou o Dia Internacional da Mulher, a ser comemorado em 8 de março. Apesar dos inúmeros e perceptíveis avanços na busca pela igualdade de gênero, a mulher ainda se encontra em situação inferiorizada, especialmente quando analisadas as notícias sobre distorções e discriminações ao sexo feminino em todo o mundo, opinou o parlamentar.
Nacionalmente, disse Paim, por trás do mito do brasileiro cordial, existe um cotidiano de violência doméstica que destrói famílias e expõe o desrespeito à mulher desde a mais tenra idade. Também é evidente a discriminação no mercado de trabalho, com mulheres recebendo salários menores e tendo participação reduzida em cargos de chefia, nos postos de direção.
De acordo com o parlamentar, 69% do corpo docente, no ensino médio, é formado por mulheres, mas os homens recebem salários em média 12% mais altos para realizar as mesmas tarefas. Pesquisa da Organização Internacional do Trabalho (OIT) envolvendo 1200 empresas em 39 países revelam que, pelo ritmo atual, seriam necessários de um a dois séculos para que seja alcançada a igualdade de gênero no mercado de trabalho, informou ainda.
Paim fez um apelo para que os senadores aprovem o PLC 130/2011, relatado por ele, que proíbe a diferença salarial entre trabalhadores do sexo feminino e masculino que exercem a mesma função. Outro projeto ao qual o senador pediu atenção e celeridade da análise pela Casa é o PLS 132/2014, relatado por ele e que destina uma das vagas obrigatoriamente para uma mulher nas eleições para o Senado em que serão renovados dois mandatos.
Pauta positiva
Paulo Paim celebrou a aprovação, pela Câmara, de dois projetos que considerou “pauta positiva”: a criação do crime de feminicídio, qualificador para o homicídio, e o que assegura igualdade de direitos para pai e mãe na hora de registrar o filho recém-nascido.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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