O velório simulado de um militar da reserva marcou um novo ato promovido pelas Associações Militares Unidas na manhã desta quinta-feira (13) em frente ao Palácio do Governo de Sergipe. O intuito foi sensibilizar Belivaldo Chagas quanto à urgência de cumprir a Lei Complementar 310/2018, a fim de garantir aos militares integrados à reserva até março de 2018 o recebimento do salário correspondente ao posto seguinte, conforme acordo firmado com o próprio governador no ano passado.
Presente ao ato, o presidente da Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise), coronel PM Adriano Reis, reiterou a necessidade de cobrar de Belivaldo Chagas um posicionamento. “Existe uma grande insensibilidade com os militares da reserva. Os aposentados da PM e do Corpo do Bombeiros cobram uma atitude do governo. A lei precisa ser cumprida”, argumentou.
De acordo com Adriano Reis, o velório simboliza o repúdio à postura do governador de continuar empurrando o caso com a barriga. “Sem o cumprimento do acordo, os militares da reserva vão definhar. O governo precisa cumprir a lei para permitir vida digna a quem tanto contribuiu com a sociedade. Muitos aposentados dependem disso para dar sequência a tratamentos de saúde, comprar medicamentos e também para garantir a própria sobrevivência e da família.”
Dados divulgados pelas entidades contabilizam mais de 3.000 policiais militares e 800 pensionistas prejudicados pela demora na aplicação da lei. No ato de hoje, outras demandas da classe também foram protocoladas pelas Associações Militares Unidas, entre as quais o reajuste salarial, a reestruturação da carreira, auxílio-alimentação, Retae e a regulamentação da carga horária.
Os militares questionaram ainda a aprovação pela Alese de lei alterando o Orçamento 2019. A medida impacta no Sergipe Previdência ao anistiar débitos do Legislativo, Judiciário, Tribunal de Contas, Ministério Público e Defensoria Pública com o Fundo Financeiro Previdenciário de Sergipe (Finanprev). “Alega-se falta de caixa para cumprir o acordo com os militares da reserva, no entanto, o governador cria uma lei elevando ainda mais o rombo previdenciário. Para nós, fica claro: existe mesmo uma grande má vontade com a classe militar”, encerrou Adriano Reis.
Novos atos estão programados para terça-feira (18), em frente ao Sergipe Previdência .
Assessoria de Imprensa
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