Após cinco dias da prisão de Leandro Júnior, 18 anos, o Gamimbé, tido como um criminoso bastante violento, líder do tráfico na parte baixa de Penedo, e ainda, apontado no envolvimento em pelo menos sete homicídios, todos relacionados ao tráfico, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Alagoas (OAB/AL) resolveu se posicionar, sendo que pela Comissão de Direitos Humanos (CDH).
Na manhã do dia 27 de novembro, depois de ser preso com mais quatro pessoas, ‘Gamimbé’ foi colocado na carroceria de um veiculo aberto, para ser conduzido até a 7ª Delegacia Regional de Penedo. Porém, a entidade representativa dos advogados classificou a conduta dos militares do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Penedo como sendo degradante ao preso.
“Independente de ser um criminoso, a polícia não tem direito de expor o homem como foi feito. Ficamos chocados coma cena grotesca. A polícia acha que estamos nos tempos de Lampião e eles são as volantes”, criticou o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Daniel Nunes.
A cena ganhou o estado alagoano depois que um popular filmou o ato, este que foi replicado por dezenas de vezes nas redes sociais Facebook e Whatsaap.
Diante da polêmica que envolve o caso, o comandante do 11º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Penedo, o major Joanilson Sampaio Júnior, mandou um recado a Comissão de Direitos Humanos e garantiu que a condução do preso foi normal, sem exposição.
“As viaturas utilizadas no dia da operação estavam cheias de policiais, presos e material apreendido. Então, Gamimbé teve que ser colocado na carroceria da caminhonete. Jamais eu ia colocar meus policiais fora e ele dentro do carro. A atitude foi normal e para a segurança do preso, colocamos dois PM’s em sua escolta. Isso ocorreu durante o percurso até a delegacia”, justificou.
O oficial que esteve no comando da operação que envolveu 45 militares criticou o posicionamento da Ordem e mandou um recado para os membros da Comissão de Direitos Humanos.
“Ao invés de se preocupar com um preso de alta periculosidade, eles deviam vir até Penedo e visitar todas as famílias que tiveram entes assassinados por ele e seu bando. Independente de denúncia, a tropa segue no combate ao crime. Isso não vai nos intimidar”, concluiu o major Joanilson Sampaio Júnior.
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