Qual a melhor escola de liderança?
Essa pergunta surgiu num jantar em Nova York, onde estavam Peter Drucker, o grande guru da administração e Jack Welch considerado o executivo do século 20.
Para surpresa dos presentes essas duas lendas da competência empresarial apontaram os militares dos Estados Unidos como modelo de preparação de líderes, inclusive para o mundo dos negócios. Recente matéria do jornal Financial Times relata que grandes bancos como JP Morgan, Citi e Goldman Sachs estão contratando ex-militares, acreditando em suas competências como liderança, trabalho em equipe e solução de problemas.
Fracassos onerosos em todos os setores, a contaminação das organizações e governos por escândalos de corrupção e negociatas clamam por lideranças efi cazes e limpas que respeitem e sejam respeitadas por funcionários e contribuintes, o que tem tornado a liderança militar moderna uma opção necessária.
No Brasil, onde há uma constante, injusta e desonesta crítica a tudo que se refere a militar, principalmente em setores da esquerda, pode causar espanto o fato de que há uma farta literatura de interesse empresarial citando o modelo militar de liderança como paradigma para o sucesso empresarial em organizações governamentais e do terceiro setor.
Engana-se quem pensa na força da liderança militar baseada no autoritarismo da cadeia de comando-obediência a qualquer custo, onde “fala quem pode e obedece quem tem juízo”.
Há algo de novo em um bom tanto do militarismo antigo. A novidade é a reformada concepção do subordinado, supervalorizado como principal fator de sucesso na vitória. Os militares americanos perceberam que a força de suas tropas dependeria da reconstrução dos padrões de liderança para fortalecer a coesão com os valores e objetivos maiores da instituição.
Cada subordinado deve ser profundamente envolvido e preparado para ter semelhantes qualificações e motivação de seus chefes, pois ele toma decisões difíceis e representa a instituição em suas ações. A disciplina moderna se fundamenta no respeito pelas iniciativas, direitos e dignidade do subordinado no esforço direcionado às missões. O que há de antigo na formação do líder militar e vem sendo renovada é a importância do caráter, da integridade do zelo
aos valores centrais da instituição.
Fonte: Portal da AOPM
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