Informações do Post - - Diego Barboza - - 17 de março de 2020 | - 2:00 - - Home » - - Sem Comentários

Generais da reserva e da ativa rechaçam pedido de intervenção militar

Apesar de tantas faixas e cartazes exibidos nas manifestações de domingo em favor de uma intervenção militar no país, a posição de quatro generais ouvidos pela coluna (três da reserva e um da ativa) é de que não há qualquer possibilidade de que isso aconteça. Os oficiais concordaram que as Forças Armadas vão se manter dentro das diretrizes estabelecidas na Constituição.

O general da reserva Paulo Chagas, candidato derrotado ao governo do Distrito Federal, diz que falas mais agressivas verificadas em algumas mobilizações pelo país são fruto do que chamou de “síndrome do olavismo”, referindo-se ao astrólogo Olavo de Carvalho, incensado por alguns bolsonaristas.

Chagas esteve na manifestação em Brasília e diz que os apelos pelo fechamento do Congresso pelas Forças Armadas são uma “burrice”. “Vai fazer de Bolsonaro um ditador? Então deixamos de ser uma democracia? É uma ilusão, as Forças Armadas jamais vão endossar uma coisa dessas”, diz ele, que apoia o governo do atual presidente.

O oficial da reserva avalia que ir à rua pedir para fechar o Congresso ou o Supremo Tribunal Federal é um retrocesso. “Vamos voltar quantos anos na nossa maturidade política?”, questiona.

Outro representante das Forças Armadas que critica a ideia é o deputado federal General Peternelli (PSL-SP). “As instituições estão funcionando, não há nada que justifique uma proposta como essa”, diz ele.

Peternelli não foi às manifestações porque preferiu seguir as recomendações das autoridades de saúde e ficou em casa para prevenir contágio do coronavírus.

A coluna ouviu ainda um general da reserva que preferiu falar sob anonimato. Para ele, as manifestações tiveram “agenda muito aberta”, mas disse que “tem que ver quais são as medidas práticas para os focos de descontentamento”. Sobre o pedido de intervenção militar, classificou como algo “fora da realidade”.

Fonte:Uol

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