Cortes nos orçamentos na segurança pública de Sergipe têm afetado serviços da Polícia Militar, inclusive a compra de equipamentos para a instituição, de proteção individual e armamento. O fato foi informado pelo deputado estadual capitão Samuel, que tem realizado um estudo para identificar o quanto está sendo limitado aos militares e quais secretarias de Estado são as responsáveis.
O deputado afirma que solicitou pessoalmente ao Comando da PM a peça orçamentária de 2016, que foi encaminhada à administração do Estado e posteriormente deve passar para as secretarias de Planejamento e da Fazenda para seguir à aprovação na Assembleia Legislativa. No entanto, ainda não foi entregue. O deputado diz que vai solicitar via comissão de segurança pública ou convocar o comandante.
“Geralmente, a PM faz um orçamento que dá para terminar o ano com o policiamento efetivamente, mas quando chega à administração tem um corte, nas secretarias outro corte, aí vem para a assembleia um orçamento que não vai até 10 meses. O orçamento para a Polícia Militar acaba agora no mês de outubro; novembro e dezembro vai ter que ser feito remanejamento de outras verbas para concluir o ano fiscal financeiro da PM”, explica capitão Samuel.
Com os dados desse ano o deputado pretende comparar com o orçamento do ano passado, denunciar, e pedir aos deputados que faça um remanejamento de verbas para que aquele orçamento pedido pela Segurança Pública seja o aprovado pelos deputados, e não o que recebeu cortes.
“A PM já está fazendo economia de combustível desde o mês de junho, restringindo viaturas rondando para fazer a segurança da sociedade. É tanto que a PM teve que pedir pistola em São Paulo. Está se fazendo economia com vidas humanas, com a segurança da população, e isso não dá para aceitar”, critica.
Segundo o deputado, o orçamento do ano passado beirou R$ 1 milhão para toda a segurança pública, a ser distribuído para bombeiros, polícia e SSP; o deste ano foi pedido o valor da inflação a mais. “O problema é que na hora de dividir o bolo esquece a atividade fim e que o mais importante é a prevenção”, diz.
“Esse corte já está acontecendo há muito tempo, por exemplo, há anos que dentro do orçamento da PM vêm zerados recursos para fazer investimento. Isso é um equívoco. É por isso que percebe quartéis jogados, policial sendo jogados em locais insalubres. A gente pretende resolver o problema antes que a gente aprove o orçamento aqui”, acrescenta capitão Samuel.
De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a Sefaz é responsável pela gestão orçamentária de todas as pastas do governo. Nenhum representante da pasta foi localizado para comentar o assunto até a última atualização desta matéria. Também tentamos contanto com o Comando da PM, mas sem êxito.
*Colaborou Ingrid Lima e Carol Souza
Fonte: Folha de Sergipe
Deixe uma resposta