Coronel Gledson fala da importância da saúde mental dos militares em entrevista à Assomise

A Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise) realizou uma entrevista, nesta sexta-feira, 29, com o Coronel Gledson Lima, para falar sobre a importância da Campanha Janeiro Branco para a saúde mental dos profissionais da segurança pública. O militar tem formação em psicologia e foi um dos idealizadores do Núcleo de Atenção Psicossocial (NAPS) da Polícia Militar de Sergipe. Ele atua na Diretoria de Instrução e Ensino da Polícia Militar, mas não descarta a relevância do NAPS para o acolhimento dos militares e de seus familiares. “Do ponto de vista psicológico em nível de estresse, nós temos o Núcleo de Atenção Psicossocial, que está sendo comandado pela capitã Joanete. O apoio psicológico é dado, não apenas para aqueles que passaram pelo enfrentamento da Covid, mas também para outros policiais militares que se encontram em processo de estresse, em que altos níveis de ansiedade são percebidos”, afirma.

De acordo com ele, é imprescindível para o profissional da segurança, um acolhimento psicossocial e acompanhamento multidisciplinar. “O estado também paga para esse homem para que ele também cuide da sua vida e da sua atividade física. Temos no nosso cronograma de horas de trabalho, horas destinadas à prática de atividades físicas. E essa atividade física já é sabido pelos psicólogos atuais que ela é essencial na manutenção dessa saúde mental. Nenhum psiquiatra hoje caminha sem essa tríade de que um dos eixos é a atividade física, o outro é a atividade psicoterapeuta e o outro o psicofármaco. A saúde mental perpassa também por esse entendimento”, justifica.

Ainda na ocasião, aproveitou para revelar em primeira mão que levou ao Comando Geral da PMSE e ao presidente da Assomise, o Coronel Adriano Reis, um novo Projeto de Qualidade de Vida (PQV) para os militares sergipanos. “O PQV é um projeto que tem várias dimensões com cursos de capacitação perene. E esses cursos a cada três anos vão dar capacitação a toda tropa da polícia militar. De forma que toda tropa possa passar por ele. No quantitativo de 40 horas. Os policiais receberão treinamentos de tiro, de técnicas operacionais, atualização das legislações específicas de grupos minoritários. Ao longo da carreira o profissional terá feito 9 cursos de aperfeiçoamento. Além de alocar esse homem e essa mulher nas habilidades de competência que eles possuem, para melhor desenvolver nas suas atividades. Como por exemplo, tem policiais militares mais adeptos às atividades ostensivas, outros às atividades técnicas e outros às atividades de planejamento. Isso também está sendo observado para contemplar esse projeto. É um projeto que vai contemplar praticamente o estado maior da Polícia Militar com todas as suas diretorias”, explica.

A entrevista na íntegra você encontrará no link

Por Érica Santos