Agentes da força de segurança estadual e dos municípios e a sociedade civil se reuniram na Associação dos Oficiais Militares de Sergipe (Assomise) na tarde desta segunda-feira (20) para discutir os rumos da segurança pública em Sergipe.
O evento teve início com a palestra de José Mariano Beltrame, delegado da Polícia Federal e ex-secretário de Segurança do Rio de Janeiro. Ele falou sobre o projeto das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) do Rio, projeto do qual é um dos principais autores. Beltrame explicou como se dava a formação para a tomada do morros pela PM, contando como exemplo a invasão do Morro do Alemão, operação em que ele esteve à frente da articulação. Também comentou os fatores que levaram a capital fluminense a chegar ao caos na segurança como se vê hoje.
“Recebi do BOPE pedido de retroescavadeiras. Questionei o porquê e eles disseram que era para destruir as barricadas. Eu fui entender depois. Os criminosos constroem barreiras muito grandes, que funcionam como símbolo, de que alí é o limite onde a polícia perdia seu poder de atuação. Da barricada em diante era o crime que comandava. A destruição poderosa dessas trincheiras enviava também uma mensagem. Estávamos entregando de volta o poder ao município, ao Estado, à União”, conta o ex-secretário de Segurança.
Presentes ao evento o deputado federal André Moura, o senador Eduardo Amorim e o deputado estadual Capitão Samuel, que listaram as suas proposituras voltadas à segurança pública.
“É preciso ser cada vez mais rígido nos julgamentos de bandidos que agem contra os profissionais da segurança pública. Minha proposta objetiva inibir esse crime que afeta as famílias de policiais vítimas da violência e prejudica a sociedade como um todo”, defende André Moura.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Sergipe (Sinpol), Adriano Bandeira, usou o púlpito para falar do ranking da segurança pública. “Sergipe que era o primeiro agora aparece em melhor, mas nas ruas, o pânico a sensação de medo é a mesma”, questionou.
Já o tenente-coronel Adriano Reis, presidente da Assomise, discursou sobre a necessidade da implementação de melhorias para as forças de segurança que possam aumentar a sensação de segurança para o cidadão. “Estou falando de melhorar as condições de trabalho e salário da polícia militar, mas não somente, falo da melhoria para todos que compõem as forças de segurança, civil, guarda municipal, etc. A Segurança Pública precisa ser entendida como um todo, esse conjunto de células que se esforçam para a promoção do bem-estar social”, diz ele.
Carta da Paz
O presidente da Assomise apresentou carta com reivindicações dos servidores da segurança e da sociedade civil. O ofício foi assinado pelo presidente do Sinpol, Adriano Bandeira, o presidente da Federação dos Conselhos de Segurança do Estado de Sergipe (FECONSEG/SE), a delegada e secretária da Defesa Social de Estância, Georlize Teles.
A carta foi entregue ao candidato ao Senado André Moura. “Não há luta sem representatividade. André se colocou diante de nós como alguém que pode ser porta-voz e tem força para nos trazer a vitória em pleitos que são importantes para a segurança”, declara o tenente-coronel Adriano Reis
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